VAMOS APRENDER PORTUGUÊS BRINCANDO?



sábado, 12 de maio de 2018


ANDRÉA COSTA 

Mestre em Educação pela UFJF.


Faço revisão em qualquer tipo de trabalho acadêmico: TCCs, Monografias, Artigos, Resumos, Dissertações... e normas ABNT, ortografia, coerência, coesão entre outros. Podemos negociar. Preços acessíveis
E-MAIL: andreanoe2@gmail.com

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Ensaio da pós-graduação em Gestão Educacional

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ
UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL












“AS MÚLTIPLAS TEORIAS DA APRENDIZAGEM, SUAS CONCEPÇÕES E DESAFIOS NA PERSPECTIVA DA CRIATIVIDADE GERENCIAL.






Aluno(a): Andréa de Oliveira Costa








Ensaio elaborado para a disciplina NCO – 03: Aprendizagem Organizacional e Processos Criativos, Curso de Especialização: Gestão de Pessoas e Gestão de Projetos Sociais, sob a orientação da Professora Rita de Cássia Magalhães Trindade Stano.




Itajubá/MG
2014


O INÍCIO DA APRENDIZAGEM
OS PRIMEIROS PASSOS
O homem para aprender a ser homem, na grande maioria, precisa de princípio de aprendizagem que inicia-se com a família. Ele aprende a dividir, a amar, compartilhar, conhecer e entender as coisas em comunidade com os seus. Esse é o primeiro passo na carreira de aprendente que o ser homem tem para toda a vida.
A família é considerada um sistema de vínculos afetivos, em constante transformação, onde ocorre o processo de humanização, construção da subjetividade e da formação básica do caráter para a aprendizagem. O adulto é considerado por Vygotsky (1988) como um mediador no processo de desenvolvimento da criança e oferece instrumentos para a apropriação do conhecimento. Porém a internalização dos recursos no ambiente ocorre individualmente, variando de criança para criança.
Essa relação com a família é primordial para o desenvolvimento infantil e é mais um passo determinante para a prática docente e para a vida.

CONCEITUANDO APRENDIZAGEM
O conceito de aprendizagem é complexo pois envolve a interação de diversos fatores e processos através dos quais compreendemos conceitos de temas específicos, como matemática, português, desenho e etc.
Estamos sempre aprendendo, intencionalmente ou não, durante toda a nossa vida. Na realidade, “o aprendizado consiste em uma mudança relativamente persistente no comportamento do indivíduo devido às experiências. O indivíduo é um agente ativo no processo de aprendizagem, que procura de forma deliberada processar e categorizar o fluxo de informações recebido do mundo exterior”. (Fontana, 1998 pag. 157).
A aprendizagem não é a simples passagem da ignorância ao saber, sem resistências e sem conflitos. Trata-se de um fenômeno em que o sujeito toma para si uma nova forma de conduta, transforma a informação em conhecimento, hábitos e atitudes novas.
Quando, por meio de uma experiência, mudamos nosso conhecimento anterior sobre uma ideia, comportamento ou conceito, ocorre a aprendizagem significativa. Algumas teorias conceituam aprendizagem de modo diferente porque compreendem o processo de aquisição do conhecimento de forma diferenciada. Por isso iremos abordá-las para que possamos fazer uma reflexão sobre a prática docente, mesmo que superficial.

ALGUMAS PRINCIPAIS TEORIAS DO CONHECIMENTO
É importante o conhecimento das teorias, em particular no âmbito escolar, para que o professor, possa estimular o desenvolvimento cognitivo, e o processo de aprendizagem do seu aluno, seja mais produtivo e duradouro. O processo de aprendizagem se divide praticamente em dois grupos: os teóricos comportamentais (behavioristas) e os teóricos cognitivistas (interacionistas).

A TEORIA COMPORTAMENTAL DE SKINNER
Para Skinner (2000), o melhor método de ensinar a criança seria o Ensino Programado, que parte de duas premissas básicas: necessidade de programar os reforços oferecidos ao aluno para manter a intensidade de seu comportamento e necessidade de estimular a aprendizagem, corrigindo as respostas dos alunos, reforçando-os negativa ou positivamente de acordo com as respostas emitidas. Todos sabemos que este tipo de ensino não é tão prático e a teoria nem sempre nos ensina direito. Repetir atividades até o aprendizado é cansativo e desgastante, e leva um tempo maior para se aprender algo, uma vez que, há métodos e prática educativas mais concludentes em menos tempo.

A TEORIA COGNITIVA SOCIAL
Dentro das teorias cognitivas, destacamos o CONSTRUTIVISMO de Jean Piaget, que pesquisou, mediante observações sistemáticas, a maneira como a criança elabora o processo do conhecimento para construir a sua inteligência. A epistemologia foi sua primeira preocupação e não a educação sistêmica em si. Para o pesquisador, a inteligência implica o desenvolvimento contínuo de estruturas que viabilizem a adaptação do organismo ao meio. Daí a capacidade das pessoas em desenvolverem o seu intelecto pelos estímulos oferecidos pelo ambiente, bem como pela complexidade de exercícios que realizam. Temos a experiência de saber que aprendemos muito mais quando internalizamos o conhecimento, quando conseguimos colocar em prática, porque na teoria, rapidamente nos esquecemos porque não praticamos. Por isso de suma importância o CONSTRUTIVISMO em que Emilia Ferreiro (2001), influenciada por Piaget e Vygotsky, ajudou a desenvolvê-lo. Foi tão criticado e mal compreendido pelos docentes da minha época! Por volta dos anos 90, o governo tentou implantar em Minas Gerais o construtivismo na rede pública estadual, me lembro que foi um assombro, pois ninguém conhecia e pouco se dispuseram a estudar para compreender e interpretar esse método tão importante.
De acordo com a abordagem construtivista, o indivíduo aprende quando consegue apreender um conteúdo e formular uma representação pessoal de um objeto da realidade. Essa concepção oferece ao professor um referencial para a reflexão e a fundamentação das decisões que toma no planejamento de uma aula, no decorrer no processo de ensino-aprendizagem, bem como critérios para compreender o que se passa na sala de aula. Uma boa atividade para entendermos melhor esse comportamento é assistir ao filme “Mentes Perigosas”. Há uma excelente análise a se fazer.
O campo da inteligência é tão vasto que, nem em dez séculos vindouros, conseguiremos estudá-la como gostaríamos. O processo criativo do ser humano não tem fim. Segundo Gabriel Perissé “criatividade é tão atraente quanto as palavras amor, liberdade, autorrealização.” Não pode ser voltada para o mal, para não ser menosprezada pela sociedade, tem que ser do bem e a valorização virá como recompensa e alegria.
Temos que ser criativos em tudo, no dia a dia, no trabalho, em casa. Temos que nos observar em todos os momentos para mantermos essa explosão controlada, porque, às vezes, temos atos tão inusitados, ou seja, criativos, que nos fogem ao controle.
Uma empresa em que o gestor pensa, raciocina, constrói e pratica a sua ideia compartilhando com os outros, tende a crescer e sobressair-se às outras. Uma escola que o gestor cria e compartilha com seus professores ações para o bem comum, tem os pré-requisitos para crescer e fazer com que a dicotomia ensino-aprendizagem caminhem juntas e se completem para que efetivamente haja ensino-aprendizagem.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Não devemos deixar de perceber que a sala de aula é uma comunidade de aprendizagem que tem o professor como coordenador que deve estimular o conhecimento por meio das várias teorias da aprendizagem e refletir sobre como gerir esse espaço para que seus alunos obtenham o maior benefício possível. Concordamos, portanto, que a maneira de funcionamento de uma comunidade de aprendizagem deve ser a adoção da prática de atividades conjuntas em torno de conteúdos e tarefas escolares, nas quais a linguagem é o instrumento por excelência que permite a construção dos significados e a afetividade entre os membros, além de ser instrumento fundamental para a motivação e o desenvolvimento individual.


BIBLIOGRAFIA
FERREIRO, E. Atualidades de Jean Piaget. Porto Alegre: Artmed, 2001.
FONTANA, D. Psicologia para professores. São Paulo: Loyola, 1998.
PERISSÉ, Gabriel. A palavra “criatividade” - Modos e Usar.
PIAGET, J. Linguagem e Pensamento da Criança. Rio de Janerio: Fundo de Cultura, 1990.
RABELLO, ET e PASSOS, J. S. Vygotsky e o desenvolvimento humano.
SKINNER, F. Sobre o Behaviorismo. São Paulo: Cultrix/Edusp, 2000.
VYGOTSKY, L. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1988.

Pós graduação Gestão Educacional

Elaborar um texto relacionando o poema à realidade política brasileira.

O analfabeto político
O pior analfabeto é o analfabeto político.
Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos.
Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão,
do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio
dependem das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia
a política. Não sabe o imbecil que da sua ignorância política nasce a prostituta,
o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos que é o político vigarista,
pilantra, o corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais.

Bertolt Brecht

Podemos relacionar o poema acima à realidade política brasileira da seguinte forma: segundo Bertolt Brecht a ignorância do analfabeto político não é de grafismo, mas sim da não compreensão de que a política é necessária à sociedade. O analfabeto político desconhece a verdadeira necessidade de a sociedade se engajar nesse mundo, porque para haver qualquer coisa no Brasil é necessária a política que, de alguma forma, está entranhada. Por isso é que, se ignorarmos a política, estaríamos ignorando nossa sobrevivência nesse planeta.
Faz-se mister encontrarmos pessoas capazes de fazer ao contrário do que diz o poema: ele deve ouvir, falar, participar dos acontecimentos políticos. Ele saberá quanto custa a vida, se orgulhará em dizer: “amo a política” e a partir daí os políticos corruptos não mais existirão.
A sociedade voltará aos primórdios da política, quando do seu nascimento na Grécia em que ela, a política, foi criada como uma “arte de governar um estado, uma nação, um país, promovendo o bem-estar dos cidadãos.” (Minidicionário escolar da Língua Portuguesa Silveira Bueno, 2010, pág. 433 e 434). O alfabetizado político se incumbirá de fazer uma política limpa e esse sonho depende de nós, educadores, incutir na cabeça de nossos alunos, nova geração, para se tornar realidade, desde que deixemos de ser analfabetos políticos, porque observamos, principalmente quando estamos na direção, as queixas infundadas dos colegas, que se desviam da verdade política e tornam-se opressores das crianças que ainda não têm maturidade para entender bem, e fazem um “carnaval” na cabeça deles, desestimulando-os a participarem da política.
Enfim, esse poema parece ter sido feito no Brasil, não é mesmo? Tudo a ver.

Pós graduação Gestão Educacional

 SOBRE O TRABALHO


1)Associe as obras às afirmações abaixo:

I- Operário em construção
II-Casa no campo
III-Cio da terra
IV-Pedro pedreiro

( IV  ) Alienação
(  II  ) Ócio
(  III ) Exploração
(   I  ) celebração


2)Escolha uma das obras e faça um pequeno texto, entre dez e quinze linhas, refletindo sobre a forma com que o trabalho é representado na obra.

A OBRA ESCOLHIDA FOI “PEDRO PEDREIRO”

A música Pedro Pedreiro de Chico Buarque de Holanda, foi criada na época da ditadura militar no Brasil. Pedro representa, não somente o pedreiro (trabalhador) mas toda uma classe trabalhista em geral, principalmente o assalariado, em que espera que algo novo aconteça todos os dias, que surja um novo dia, que ele saia dessa alienação que havia se instalado na época, e que ainda hoje podemos ver.
Pedro personifica a classe operária que recebe salário pela força braçal, que não tem coragem de lutar por seus direitos, por melhorias salariais e por isso fica esperando, esperando, mas nutre uma grande esperança, não pela luta, mas pela sorte. O texto também alude ao povo que construiu São Paulo, que é o nordestino. Isso se evidencia no trecho … “ esperando o Norte”, Vemos a subalternidade desse povo, que só trabalha em serviço braçal e com baixos salários, não vemos um nordestino no poder, somente na mão de obra. Mas a esperança não morre. 

Pós graduação Gestão Educacional

1) Analisando as frases abaixo:

a) O Estado é uma instituição que está a serviço de todos.
b) Isto é legal, portanto, justo e legítimo.
c) A sociedade burguesa é formada por três tipos diferentes de proprietários: o capitalista (proprietário do capital); o dono da terra (proprietário da renda da terra); e o trabalhador (proprietário do salário). Se todos são proprietários, embora de coisas diferentes, então todos os homens dessa sociedade são iguais e possuem direitos iguais.

Podemos aplicar os seguintes conceitos de ideologia:
Nas frase num todo vemos que têm um caráter ideológico porque são representações que explicam normas, regras e preceitos que dão aos membros de uma sociedade uma explicação racional para as diferenças. Tentando apagar esses próprias diferenças de classe, instituindo um sentimento de identidade social de todos para todos.


Na frase A,
podemos aplicar o conceito de ABSTRAÇÃO porque não se refere ao concreto e sim ao parecer social, visto que, ao analisarmos vemos uma divisão, porque o Estado, na realidade, não está a serviço de todos. Há uma LACUNA  porque o Estado, muitas vezes, trabalha em favor das classes mais alta e se esquece das humildes e sem condição de lidar com tanta falta que o Estado deixa. Falta de moradia, saúde, educação e tantas outras. É também uma INVERSÃO, uma vez que, o Estado deveria ser para todos, por que só se preocupa com poucos?


Na frase B,
há uma INVERSÃO, porque vemos na sociedade atual que, às vezes, o ilegal passa a ser justo e legítimo. Uma LACUNA, uma vez que, uma pessoa é presa ilegalmente e a justiça considera justa e legítima a prisão e ela passa anos a espera de justiça. Também uma ABSTRAÇÃO porque não se refere ao concreto mas ao parecer social. As vozes da sociedade julgam justo e legítimo algo que não é legal. Por exemplo, querer que se libere o uso da maconha, que é ilegal, mas para o parecer social é justo e legítimo.


Na frase C,
todos os conceitos de ideologia poderiam se aplicados. Vemos uma ABSTRAÇÃO uma vez que observamos a divisão de classes sociais e os interesses contraditórios. O trabalhador é, realmente, dono do salário? A maior parte do que ganha é devolvido ao Estado em altos impostos. Aí vemos também uma INVERSÃO. Quando tentam iludir o povo dizendo que ele é, também um proprietário, notamos uma LACUNA, porque está subentendido.



2) Os provérbios de acordo com sua aplicação têm um caráter ideológico, afirma Sartre que “não conhecia coisa mais triste do que os provérbios”. Tem-se a ilusão de que eles pertencem ao indivíduo, mas na realidade lhe são impostos e o obriga a aceitar uma lógica vinda da sociedade, que se impõe frente à concepções pessoais. Por outro lado, quando se faz uso dos provérbios, pode-se dizer, portanto, que o provérbio constitui o discurso do outro. Quem o emprega tem seu dizer invencível, pois está apoiado em uma ideia tradicional estabelecida pelo senso comum, não refutada pela coletividade.


a) “em boca fechada não entra mosca”:
Desconfiam da linguagem. De acordo com esse provébio, deveríamos viver em sociedade calados e aceitarmos tudo que aparece sem questionar. A classe dominada não pode abrir a boca para protestar, reivindicar, lutar pelos seus direitos. Se forem trabalhadores de empresa particular, perderiam seus empregos, no Estado seriam punidos com perdas salariais, então é mais fácil aceitar tudo sem discutir, é mais cômodo, mesmo sabendo que outros colocam a cabeça a prêmio para alcançar alguma mudança.


b) “ feliz é quem só quer o que pode e só faz o que quer”:
uma limitação dos seus desejos, se os sonhos de uma pessoa estão limitados às que ela pode ter, ela não correrá atrás de melhorar, de ampliar os seus limites. Se você só pode ganhar 500 reais por mês, o provérbio diz que você deve se contentar com isso e ser feliz, mas e se você batalhar, fizer um curso a noite para ganhar mais? Esse provérbio limita isso, faz com que as pessoas sejam como gado, todos correndo atrás do vaqueiro para o próximo pasto! Também podemos observar uma inversão uma vez, que, mesmo quem  não faz só o que quer é feliz. O rico, que pode fazer tudo o que quer, é comumente infeliz, ele não consegue enxergar as coisas simples da vida.


c)” de grão em grão a galinha enche o papo”:
Não sejamos afoito, pegue só os grãos e apenas coma, não pegue mais nada. O senso comum diz isso. Mas a sociedade vive o contrário, quanto mais pega mais quer. Segundo o parecer social, o alto escalão usa o lema “quanto mais tem mais quer”, não se contenta no que é seu, tem que pegar o dos outros. Quanto mais dinheiro tem, mais quer e a desigualdade social não termina.


d) “Cada um por si e Deus por todos”:
Existe uma abstração porque deveríamos valorizar o trabalho social, isto é, todos em comum, ajudando uns aos outros e Deus para cada um. Vemos justamente o contrário, cada um corre para sua própria casa, sua própria vida, sem se preocupar com ninguém, colocando nas costas de Deus o fazer, que cada um teria. Este provérbio induz ao egoísmo, um sentimento menor que desumaniza e às vezes, animaliza o ser humano.


3) Nesse poema:

                      “Nós vos pedimos com insistência:
                       Nunca digam – Isso é natural!
Diante dos acontecimentos de cada dia.
Numa época em que reina a confusão,
Em que corre o sangue,
Em que o arbitrário tem força de lei,
Em que a humanidade se desumaniza...
Não digam nunca: Isso é natural!
                       A fim de que nada passe por ser imutável.” (Bertolt Brecht)


Podemos afirmar que se nós acharmos que todo acontecimento é natural, sem contraponto e possibilidades de alternativas, estaremos, na verdade justificando nossa alienação. O comodismo é a arma dos incompetentes. Não podemos nos conformar com as situação antinatural, não podemos aceitar quebradeiras como protesto, assassinatos em nome da democracia, violência ante uma reivindicação justa. Quando vemos uma quebradeira estamos diante da desumanização, uma descaracterização da sociedade justa, humanitário e igualitária que queríamos e que a lei nos permite ter.
Como afirma Bertolt Brecht “nada é impossível de mudar”. Assim sendo, Brecht, nos chama a atenção para os processos de mudanças em que todos nós somos responsáveis. Para ele as mudanças surgem da necessidade das exigências socioeconômicas e culturais. Nisso, o homem deve buscar seus direitos. Direitos que pressupõe racionalização para não se tornar um completo alienado em um sistema capitalista que exclui aqueles que não conseguem acompanhar as inúmeras “revoluções” que acontecem ao longo da vida dos homens.

Pós graduação Gestão Educacional

A TEORIA DA GESTÃO DO CONHECIMENTO SOB UM OLHAR CONSTRUTIVISTA

Baseado no artigo da Dra Rita de Cássia M. Trindade Stano
Prof. de Ciências Humanas e Sociais da UNIFEI

1- INTRODUÇÃO
Este trabalho é resultado de reflexões acerca da questão do conhecimento como elemento que permeia as relações de trabalho e confere legitimidade aos poderes instituídos por pessoas/cargos nas empresas.

2- O CONSTRUTIVISMO E A GESTÃO DO CONHECIMENTO
O construtivismo nasceu de Jean Piaget. O construtivismo é interacionista. Formaliza a interação sujeito-objeto como numa estrutura bifásica ou bipolar. O objeto de conhecimento faz o seu desvelamento na teia de relações sociais, sendo a palavra o seu signo principal. O construtivismo é um movimento enraizado na mudança, ele promove a interação sujeito-objeto de aprendizagem. Se o processo da aprendizagem for uma construção envolvendo as pessoas, a possibilidade de uma melhor assimilação e acomodação tornará o caminho da inovação menos traumático e com resultado mais efetivos a curto e longo prazo.

3- PSICOGÊNESE DO CONHECIMENTO NO AMBIENTE DE TRABALHO
A psicogênese estuda a maneira como nasce e se desenvolve o conhecimento no ser humano. A origem do conhecimento ou da psicogênese se dá sempre relacionado à matéria do objeto com a forma do sujeito.
A psicogênese do conhecimento confere ao ambiente de trabalho a possibilidade de se considerar cada indivíduo como um elemento que contribui para a permanente renovação do conhecimento elaborado.

4- APRENDIZ/PROFESSIONAL: UM SUJEITO HISTÓRICO
Para Wallon (1975), a mediação social e histórica são características da pessoa, como sendo geneticamente social, dependente de outros para subsistir e se construir como ser da mesma espécie. Para Piaget (1978), a constituição das estruturas não pode ser dissociada do desenrolar histórico da experiência.

5- INTERNALIZAÇÃO DOS CONHECIMENTOS PELA MEDIAÇÃO DA GESTÃO
O homem internaliza objetos externos para deles formar representações mentais. Mediação é o processo de intervenção de um elemento intermediário numa relação. Relação mediada é o conhecimento desse objeto de significação através de seus significantes simbólicos, ou palavras. Quatro formas de interação do conhecimento: socialização, externalização, combinação e internalização.

6- PROCESSOS DE CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO NA/DA EMPRESA
É necessário que a empresa, com o professor, encontre variáveis para trabalhar a alimentar a atividade construtivista deste aprendiz/profissional na equilibração/maturação e na experiência/transmissão cultural. Transformar tarefas rotineiras, em atividades de elaboração pessoal e coletiva, podem significar a construção de um adequado ambiente de trabalho centrado na gestão do conhecimento. Cinco condições para se criar um processo de aprendizagem: intenção, autonomia, flutuação e caos criativo, redundância e variedade requerida.
Um trabalho aprendiz, porque profissional que cria, elabora e torna-se co-autor de um processo que é cultural, histórico: a produção de bens e serviços.

Pós graduação Gestão Educacional

CONCEITO DE CRIATIVIDADE
“A criatividade é assunto de reflexão de alguns cientistas e escritores como Vygotsky. Em sua obra “Criação e imaginação”, Vygotsky afirma que é a atividade criadora que faz do homem um ser que se volta para o futuro, erigindo-o e modificando o seu presente. Para esse psicólogo e educador, a criação é a condição necessária da existência e tudo que ultrapassa os limites da rotina deve sua origem ao processo de criação do homem e que a obra de arte reúne emoções contraditórias, provoca um sentimento estético, tornando-se uma técnica social do sentimento.”  Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre
Segundo o meu parecer ser criativo é tirar do nada algo concreto, mesmo que abstrato. É inventar e às vezes reinventar diferente, o que dizemos que alguém recriou de forma criativa.
O homem é criativo por natureza e quando sua índole é boa, a criação se volta para o lado bom, mas do contrário, ele se torna exímio criador do mal. Por isso vemos tantos crimes que pensamos: “nossa, que coisa criativa!” Não é tão lindo de se ver.
Como li no texto de Gabriel Perissé “ A Palavra “Criatividade” - Modos de Usar”, pude observar que, até para manter um casamento estável precisamos ser criativos, não para fazer coisas novas o tempo todo, mas para manter, de forma natural, uma relação entre pessoas tão diferentes.
Na escola é do mesmo jeito, eu como gestora, tenho que ser muito criativa, tenho que inventar a cada dia, ou reinventar a cada dia, uma estratégia para vencer a monotonia, as notas baixas, incentivar os professores, os alunos, as serviçais, ufa! Até cansei.
Sem falar em nosso Deus, que nos criou a sua imagem e semelhança, quer ser mais criativo do que Ele? E nós fomos feitos a sua imagem, daí dá para deduzir que o homem é criativo por natureza.
Está em nós, formadores de opinião, trabalharmos a criatividade das crianças para que flua o lado positivo e não o negativo. E assim termos o mundo que sempre sonhamos.

Pós graduação Gestão Educacional

O HOMEM APRENDE A SER HOMEM

Inicio meu texto com a pergunta: o que significa a palavra HOMEM? “Animal racional, bípede e mamífero, que ocupa o primeiro lugar na escala zoológica; ser humano.” (dicionário escolar da Língua Portuguesa pág. 575).
Esse homem em relação aos animais tem modificações biológicas que o sustentam na sociedade e na escala da humanidade. Suas capacidades dão estrutura para envolverem-se com a cultura, ciências, arte, tecnologia com ideias e conceitos claros e objetivos
O que difere o homem dos animais, além da capacidade de pensar, é sua capacidade de comunicação com uma linguagem complexa. Ele sabe ouvir e ser ouvido, entender e ser entendido, o que não ocorre nunca com os animais, que se comunicam por extinto e com os outros sentidos que não o da fala.
A família é um sistema de vínculo afetivo onde deverá ocorrer o processo de humanização do homem. É nela que se agregam valores, as primeiras falas se desenvolvem, os primeiros afetos, desejos e vontades se moldam na medida em que a educação familiar esteja voltada para o bem comum.
Quando o homem é ajudado e orientado pela família desde o início da sua vida, dão a ele uma atenção social mediada, e assim desenvolvem um tipo de atenção voluntária e mais independente, que ele utilizará na classificação do seu ambiente. O ensino tem, nesse sentido, a função de transmitir as experiências histórico-sociais que se modificam no decorrer dos tempos.
Dentro desse mundo de inter-relação indivíduo x indivíduo, o homem aprende um com o outro a utilizar instrumentos variados de trabalho, o que não ocorre com os animais, que trabalham com o que a natureza os proporcionou. O ser humano aprende e ao mesmo tempo ensina e assim esse ciclo se repete de geração em geração.
O homem deseja, pensa, planeja e executa suas ações calculando os prós e contras, se ganha ou perde, não são assim os animais que não pensam nas consequências porque se movem por instinto.
Segundo Leontiev a linguagem é um elemento concreto que permite ao homem ter consciência de um processo evolutivo. Ele consegue compreender o mundo ao seu redor porque é um ser reflexivo, que produz conceitos e com isso reflete o mundo objetivo.
O homem tem capacidade para identificar emoções tanto a nível físico como psicológico. Consegue identificar emoções noutras pessoas e objetos, exprimir emoções correspondentes e expressões emocionais, honestidade e desonestidade.
Termino com a pergunta inicial: quem é o homem? É um animal com capacidade humana, com característica biológica específica que consegue ter relações sociais conscientes. Utiliza instrumentos para trabalhar, possui emoções próprias e linguagem que fazem com que aprenda o tempo todo e ensine na mesma proporção.

Análise de um episódio da infância

Em observação e análise da poesia “Aprendendo a viver” de Herman Melville, reportei-me a minha infância, precisamente quando tinha quatro anos. Minha mãe separou do meu pai e isso foi difícil, aliás, muito difícil. Tive que aprender a conviver com a dor da saudade muitos anos a fio, mas aprendi. Aprendi também que, às vezes, para nós filhos é ruim a separação, mas muito pior seria ficarmos juntos, pois meu pai era alcoólatra e me batia muito. Isso na minha vida foi o mais difícil.
Em contrapartida foi muito fácil conviver com meus irmãos, minha mãe e minha avó, porque o amor, carinho e amizade deles fizeram eu caminhar com mais facilidade. O estudo foi fácil, a vida foi fácil. Com isso aprendi a ser solidária com as pessoas, a entender o sofrimento alheio, uma vez que eu sabia o que era sofrer. Aprendi a ver o mundo, não com olhar de traumas, mas de amor e passei a observar melhor as pessoas que eu me relacionei para não cair no erro de meus pais.
Com tudo isso, eu tive e tenho até hoje um sentimento de perda muito grande que gerou o sentimento de derrota. Sempre me sinto pior que os outros, claro que não revelo isso a ninguém. Sempre acho que o erro quem comete sempre sou eu, as pessoas me ofendem e eu peço desculpas, isso é para mim muito mal. Ainda não consegui aprender a me libertar desses sentimentos. Por mais que meu marido fale que eu sou uma das melhores pessoas que ele conheceu, eu não consigo mudar. 
 Contudo isso, nutro a esperança de um dia, e espero que seja logo, poder olhar todos de frente sem abaixar a cabeça ou ter medo de dizer: “basta de sofrer”, “eu sou forte”, “eu consigo”, eu posso”.

Textos da minha pós graduação em Gestão Educacional pela UNIFEI em Itajubá. São textos de minha autoria que talvez ajude você, desde que não seja copiado, somente servir de inspiração, ok?

APRENDIZAGEM

O ensino visa a aprendizagem. Mas o que é aprendizagem? A aprendizagem é um fenômeno, um processo bastante complexo. Hoje existem várias teorias sobre ela.
Convém salientar que a aprendizagem não é apenas um processo de aquisição de conhecimentos, conteúdos ou informações. As informações, os dados da experiência dever ser trabalhados, de maneira consciente e crítica, por quem os recebe, a fim de se tornarem significativos para a vida das pessoas.
APRENDER É UM PROCESSO
Podemos dizer que a aprendizagem é um processo de aquisição e assimilação, mais ou menos consciente, de novos padrões e novas formas de perceber, ser, pensar e agir. Alguns definem aprendizagem como a aquisição de novos comportamentos, mas o comportamento é reduzido a algo exterior e observável e não podemos limitar a aprendizagem a isso e excluir o que tem de principal: a consciência, a formação de novos valores, formas interiores de pensar, ser e sentir que aparecem em algumas atitudes e ações, mas nem sempre são imediatamente observáveis.
Para que alguém aprenda é necessário que ele queira aprender. Por isso a motivação é extremamente importante. A motivação pode vir de dentro do sujeito, isto é, interno-pessoal ou de fora. A aprendizagem é sempre um processo intencional e ativo, nunca passivo e sem intenção. Quem procura aprender, sempre tem um objetivo. Daí a relação sujeito-objeto.

AS ETAPAS DA APRENDIZAGEM
A aprendizagem parte sempre de uma situação concreta, a visão do problema ou da situação, ainda indefinida. Em seguida através de análise chega-se a uma visão total do problema, ou seja, surge o desafio. O sujeito aprendente precisa ter motivos, ou seja, motivação para superar o desafio, descobrir os meios para alcançá-lo, para isso, usa de conhecimentos adquiridos ao longo de sua vida. As várias tentativas de resposta faz com que ele construa novos conhecimentos e se aproprie deles quando chega à resposta correta. Adquirindo experiência para novos desafios.

TIPOS DE APRENDIZAGEM
A aprendizagem supõe vários tipos: PSICOMOTOR consiste na aprendizagem de hábitos que incluem habilidades motoras até verbais e gráficas. COGNITIVAS abrange a aquisição de informações e conhecimentos. A aprendizagem das regras gramaticais é cognitiva. AFETIVO diz respeito aos sentimentos e emoções. Aprender a apreciar o belo através de obras de arte é uma aprendizagem afetiva.

quinta-feira, 17 de maio de 2012


Assistam ao lado esquerdo o vídeo de cima da música PAZ de Claudinho e Buchecha
6º ano Vermelho e Lilás

terça-feira, 15 de maio de 2012

TEXTOS PARA O 7º ANO BEGE E ALARANJADO
TEXTO I-                          Como comecei a escrever                   - Fernando Sabino
Quando eu tinha 10 anos, ao narrar a um amigo uma história que havia lido, inventei para ela um fim diferente, que me parecia melhor. Resolvi então escrever as minhas próprias histórias.
Durante o meu curso de ginásio, fui estimulado pelo fato de ser sempre dos melhores em português e dos piores em matemática — o que, para mim, significava que eu tinha jeito para escritor.
Naquela época os programas de rádio faziam tanto sucesso quanto os de televisão hoje em dia, e uma revista semanal do Rio, especializada em rádio, mantinha um concurso permanente de crônicas sob o titulo "O Que Pensam Os Rádio-Ouvintes". Eu tinha 12, 13 anos, e não pensava grande coisa, mas minha irmã Berenice me animava a concorrer, passando à máquina as minhas crônicas e mandando-as para o concurso. Mandava várias por semana, e era natural que volta e meia uma fosse premiada.
Passei a escrever contos policiais, influenciado pelas minhas leituras do gênero. Meu autor predileto era Edgar Wallace. Pouco depois passaria a viver sob a influência do livro mais sensacional que já li na minha vida, que foi o Winnetou de Karl May, cujas aventuras procurava imitar nos meus escritos.
A partir dos 14 anos comecei a escrever histórias "mais sérias", com pretensão literária. Muito me ajudou, neste início de carreira, ter aprendido datilografia na velha máquina Remington do escritório de meu pai. E a mania que passei a ter de estudar gramática e conhecer bem a língua me foi bastante útil.
Mas nada se pode comparar à ajuda que recebi nesta primeira fase dos escritores de minha terra Guilhermino César, João Etienne filho e Murilo Rubião - e, um pouco mais tarde, de Marques Rebelo e Mário de Andrade, por ocasião da publicação do meu primeiro livro, aos 18 anos.
De tudo, o mais precioso à minha formação, todavia, talvez tenha sido a amizade que me ligou desde então e pela vida afora a Hélio Pellegrino, Otto Lara Resende e Paulo Mendes Campos, tendo como inspiração comum o culto à Literatura.
Texto ex traído do livro "Para Gosta r de Ler - Volume 4 - Crônicas", Editora Ática - São Paulo, 1980, pág. 8.


TEXTO II -                                              A última crônica -                                                 Fernando Sabino
A caminho de casa, entro num botequim da Gávea para tomar um café junto ao balcão. Na realidade estou adiando o momento de escrever. A perspectiva me assusta. Gostaria de estar inspirado, de coroar com êxito mais um ano nesta busca do pitoresco ou do irrisório no cotidiano de cada um. Eu pretendia apenas recolher da vida diária algo de seu disperso conteúdo humano, fruto da convivência, que a faz mais digna de ser vivida. Visava ao circunstancial, ao episódico. Nesta perseguição do acidental, quer num flagrante de esquina, quer nas palavras de uma criança ou num acidente doméstico, torno-me simples espectador e perco a noção do essencial. Sem mais nada para contar, curvo a cabeça e tomo meu café, enquanto o verso do poeta se repete na lembrança: "assim eu quereria o meu último poema". Não sou poeta e estou sem assunto. Lanço então um último olhar fora de mim, onde vivem os assuntos que merecem uma crônica.
Ao fundo do botequim um casal de pretos acaba de sentar-se, numa das últimas mesas de mármore ao longo da parede de espelhos. A compostura da humildade, na contenção de gestos e palavras, deixa-se acrescentar pela presença de uma negrinha de seus três anos, laço na cabeça, toda arrumadinha no vestido pobre, que se instalou também à mesa: mal ousa balançar as perninhas curtas ou correr os olhos grandes de curiosidade ao redor. Três seres esquivos que compõem em torno à mesa a instituição tradicional da família, célula da sociedade. Vejo, porém, que se preparam para algo mais que matar a fome.
Passo a observá-los. O pai, depois de contar o dinheiro que discretamente retirou do bolso, aborda o garçom, inclinando-se para trás na cadeira, e aponta no balcão um pedaço de bolo sob a redoma. A mãe limita-se a ficar olhando imóvel, vagamente ansiosa, como se aguardasse a aprovação do garçom. Este ouve, concentrado, o pedido do homem e depois se afasta para atendê-lo. A mulher suspira, olhando para os lados, a reassegurar-se da naturalidade de sua presença ali. A meu lado o garçom encaminha a ordem do freguês. O homem atrás do balcão apanha a porção do bolo com a mão, larga-o no pratinho - um bolo simples, amarelo-escuro, apenas uma pequena fatia triangular. A negrinha, contida na sua expectativa, olha a garrafa de Coca-Cola e o pratinho que o garçom deixou à sua frente. Por que não começa a comer? Vejo que os três, pai, mãe e filha, obedecem em torno à mesa um discreto ritual. A mãe remexe na bolsa de plástico preto e brilhante, retira qualquer coisa. O pai se mune de uma caixa de fósforos, e espera. A filha aguarda também, atenta como um animalzinho. Ninguém mais os observa além de mim.
São três velinhas brancas, minúsculas, que a mãe espeta caprichosamente na fatia do bolo. E enquanto ela serve a Coca-Cola, o pai risca o fósforo e acende as velas. Como a um gesto ensaiado, a menininha repousa o queixo no mármore e sopra com força, apagando as chamas. Imediatamente põe-se a bater palmas, muito compenetrada, cantando num balbucio, a que os pais se juntam, discretos: "Parabéns pra você, parabéns pra você..." Depois a mãe recolhe as velas, torna a guardá-las na bolsa. A negrinha agarra finalmente o bolo com as duas mãos sôfregas e põe-se a comê-lo. A mulher está olhando para ela com ternura - ajeita-lhe a fitinha no cabelo crespo, limpa o farelo de bolo que lhe cai ao colo. O pai corre os olhos pelo botequim, satisfeito, como a se convencer intimamente do sucesso da celebração. Dá comigo de súbito, a observá-lo, nossos olhos se encontram, ele se perturba, constrangido - vacila, ameaça abaixar a cabeça, mas acaba sustentando o olhar e enfim se abre num sorriso.
Assim eu quereria minha última crônica: que fosse pura como esse sorriso."
Crônica publicada no livro "A Companheira de viagem" (Editora Record, 1965)
TEXTO SOBRE MAURICIO DE SOUSA PARA O 6º VERMELHO E LILÁS
Pai da Mônica, Mauricio de Sousa comemora 50 anos de
carreira
FABIANO RAMPAZZO
Você já viu um cachorro azul? E alguém que só faz comer e não engorda nunca? Será possível
viver sem nunca tomar banho? Já encontrou alguma vez uma menina de seis anos com a força de
10 homens? "Blincadeilas" à parte, qualquer pessoa que já leu alguma história da Turma da Mônica
conhece muito bem essas personagens e tantas outros que Mauricio de Sousa criou nos últimos 50
anos.
É isso mesmo, neste 18 de julho de 2009 o quadrinista completa 50 anos de carreira, data que
marca a publicação de sua primeira tira, em 1959. Naquela época, Mauricio era repórter policial do
jornal Folha da Manhã (atual Folha de S. Paulo), e a partir deste dia iniciava-se este que seria o
maior império dos quadrinhos no Brasil, com mais de 200 personagens e 1 bilhão de revistas
publicadas em todo o mundo.
Para quem não sabe, o primeiro personagem criado por Mauricio de Sousa foi o cãozinho Bidu.
Nesta simbólica e primeira tirinha, de 18 de julho de 1959, Bidu aparece com Franjinha e a história
não tem texto [verbal]. Por dez anos, Mauricio de Sousa teve suas tirinhas publicadas em diversos
jornais até que, em 1970, surgiria a primeira revista da Mônica, publicada pela Editora Abril.
Inspirada em uma das filhas de Mauricio, Mônica é uma personagem com força, não só na
personalidade, mas nos socos e coelhadas. E, como na vida real, não larga seu coelhinho de
pelúcia por nada. "Eu dizia quando ela tinha dois anos: 'Você não é a Mônica, uma coisa é a
personagem da revistinha, outra coisa é você'. Eu não queria que a minha filha fizesse essa
confusão e nem que se cobrasse por isso", conta o pai zeloso.
E parece que funcionou. Mônica, hoje com 49 anos, diz que durante sua infância chegou a pensar
que tinha a mesma força de sua homônima dos quadrinhos, mas os alertas do pai a ajudaram a
separar as coisas. "Durante a minha adolescência a personagem chegou a incomodar um pouco,
porque teve aquela campanha na TV, da Mônica com o Jotalhão para uma marca de extrato de
tomate, e todo mundo que me via perguntava, 'cadê o elefante?'. Fora isso, sempre convivi bem",
diz Mônica Spada e Sousa, a Mônica da vida real.
http://planetaterra.terra.com.br/

segunda-feira, 30 de abril de 2012

COMO SURGIRAM AS HISTÓRIAS EM QUADRINHOS

OLÁ PESSOAL DO VERMELHO E LILÁS.
NO MÊS DE MAIO IREMOS ESTUDAR O GÊNERO LITERÁRIO: HISTÓRIAS EM QUADRINHO. POR ISSO ASSISTAM A ESSE VÍDEO COMO INÍCIO DAS AULAS. OK?

sexta-feira, 20 de abril de 2012

QUERIDOS ALUNOS DO 7º ANO. NO MÊS DE MAIO, ESTUDAREMOS O GÊNERO LITERÁRIO: CRÔNICAS. PESQUISEM E ASSISTAM AO VÍDEO ABAIXO PARA SABER SOBRE O ASSUNTO:

Avaliação de português 7º ano- 1º bimestre



OLÁ COLEGAS, USEM À VONTADE, SE PRECISAREM

D1- Identificar um tema ou o sentido global de um texto  D2- Localizar informações explícitas em um texto  D3- Inferir informações implícitas em um texto  D19- Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que compõem a narrativa  D13- Identificar marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto D12- Estabelecer a relação de causa/consequência entre partes e elementos do texto. Reconhecer os deuses gregos e seus atributos.
D28- Reconhecer o efeito de sentido decorrente da escolha de uma determinada palavra ou expressão

Texto 1
Pã, uma divindade rural
De acordo com a mitologia greco-romana, Pã ou Pan é o deus dos bosques e dos campos, dos rebanhos e dos pastores. Morava em grutas, vagava pelas montanhas e pelos vales e divertia-se caçando ou dirigindo as danças das ninfas (divindades dos rios, dos bosques, das florestas e dos campos). Amante da música, inventou a avena, uma flauta, que tocava exemplarmente.
Pã era temido por todos aqueles que tinham que atravessar as matas durante a noite, pois as trevas e a solidão desses lugares predispunham as pessoas a medos e superstições.
Por isso, os pavores desprovidos de causas aparentes eram atribuídos a Pã e chamados de pânico.
Fonte: Thomas Bulfinch. O livro de ouro da mitologia.Rio de Janeiro: Ouro, 1967
                                  
QUESTÃO 1
Em “(...) e a solidão desses lugares (...)”, a expressão em destaque” refere-se
(A) às montanhas.
(B) aos vales.
(C) aos bosques.
(D) às matas.


            Lê o conto chinês que se segue com atenção e responde às questões com frases completas.

Texto 2                                              Um problema de interpretação




          Um homem rico de nome Ting possuía avultados bens, mas era avarento e pouco dado a inovações. Por isso não possuía um poço nas suas terras.
            Como a casa era grande e abundantes as tarefas domésticas, todos os dias um criado tinha de partir para muitas léguas de distância de molde a poder trazer, em quatro baldes suspensos numa vara rija que apoiava sobre os ombros, a água necessária para o serviço da casa.
            Em regra, a água chegava demasiado tarde para alguns desses serviços e, por outro lado, o homem evidenciava um estado de cansaço que acabaria por lhe roubar a vida. Foi então que Ting decidiu, apesar da contrariedade que a decisão lhe causou, mandar construir um poço nas suas terras.
            Quando, ao fim de algumas semanas, se deu conta das vantagens da medida que tomara, desabafou com uns amigos:
            — Foi a melhor decisão que eu podia ter tomado. Agora tenho água sempre que preciso e, mandando abrir o poço perto de casa, acabei por ganhar um homem.
            Prontamente, os amigos do rico Ting trataram de espalhar a notícia. Quando já era contada na terceira ou quarta versão, propagou-se a ideia de que, ao mandar abrir o poço, ele encontrara um homem vivo lá dentro.
            A versão foi-se enriquecendo de terra em terra, de boca em boca, multiplicando-se perguntas do género: “Mas quem é o homem encontrado no poço? Qual é a sua identidade? Como conseguiu sobreviver tanto tempo metida na terra?”
          Assim enriquecida com a imaginação de cada um que a contava com palavras suas, a história chegou aos ouvidos do imperador que mandou chamar Ting à sua presença para saber tudo sobre a misteriosa descoberta.
          Amedrontado na presença do imperador, Ting que, mesmo não se considerando culpado de um ato reprovável, sentia sobre os ombros o peso de uma estranha responsabilidade, explicou com a voz trémula:
          — Senhor, o que realmente aconteceu foi o seguinte: mandei abrir um poço nas minhas terras e, ao fazê-lo, poupei o esforço de um criado que todos os dias palmilhava muitas léguas para ir buscar a água de que a minha casa precisa. Por isso comentei com os meus amigos que, assim, acabara por ganhar um homem. Foi só isso que eu disse.
          O imperador sorriu, mandou-o de volta às suas terras e comentou para um dos seus conselheiros:
          — Quantas vezes sou forçado a tomar decisões a partir de histórias que se transformaram à medida que foram passando de boca em boca. Não há nada como ouvir quem, de fato, as viveu.
José J. Letria, Contos da China


1. Explique, com as suas palavras, a primeira frase do texto.

2. Que tipo de narrador aparece no texto?

3. Quais eram os inconvenientes do fato de Ting não ter um poço nas suas terras?
4.    A palavra “terras”, na linha 2, significa
a.    localidade, região, território;
b.    país, pátria;
c.    parte do solo que é possível cultivar.

5.   A palavra “terra”, na linha 18, significa
a.    localidade, região, território;
b.    poeira, pó;
c.    país, pátria.

6.      Que consequência negativa sucedeu devido à distância do poço que servia as terras de Ting?
7.     Apesar de contrariado, que decisão acaba por tomar Ting?
8.      O provérbio “Quem conta um conto acrescenta-lhe um ponto.” pode ajustar-se a este conto. Por quê?
9.      Justifique o título dado deste conto. 

Texto 3

A Incapacidade de ser Verdadeiro

Há verdades que parecem mentiras e... mentiras que parecem verdades! O que é mentira?  Onde está a verdade? E onde ficam as invencionices da imaginação e da poesia?
Paulo tinha fama de mentiroso. Um dia chegou em casa dizendo que vira no campo dois dragões da independência cuspindo fogo e lendo fotonovelas.
A mãe botou-o de castigo, mas na semana seguinte ele veio contando que caíra no pátio da escola um pedaço de lua, todo cheio de buraquinhos, feito queijo, e ele provou e tinha gosto de queijo.
Desta vez Paulo não só ficou sem sobremesa, como foi proibido de jogar futebol durante quinze dias. Quando o menino voltou falando que todas as borboletas da terra passaram pela chácara de Siá Elpídia e queriam formar um tapete voador para transportá-lo ao sétimo céu, a mãe decidiu levá-lo ao médico.
Após o exame, o Dr. Epaminondas abanou a cabeça:
— Não há nada a fazer, Dona Coló. Esse menino é mesmo um caso de poesia.
                                                                                                                                                             (Carlos Drummond de Andrade)
Interpretando o texto:

1) A narrativa poética da Carlos Drummond de Andrade apresenta as seguintes partes:

- Apresentação – parte inicial da história; momento em que os fatos começam a ser narrados e se apresentam as personagens.
- Complicação – parte em que se inicia a conflito da narrativa.
- Clímax – momento de maior tensão da história.
- Desfecho – parte final; conclusão da narrativa.

Use uma frase para resumir a parte do conto pedida.

a)Apresentação:
b) Clímax:

2) Paulo tem fama de mentiroso. Como se apresenta o mundo que ele imagina?
3) Percebe-se uma oposição na visão de mundo da mãe e do filho. Qual a visão de cada um?

4) Analise e explique o trecho: Há verdades que parecem mentiras e... mentiras que parecem verdades! O que é mentira? Onde está a verdade? E onde ficam as invencionices da imaginação e da poesia?

Texto 4
Pensar três vezes antes de falar qualquer coisa
Contou Maria Lima Rodrigues, de Itapetininga. Esta "estória" pertence à categoria das histórias de
exemplo, moralizantes. Parece ser o resumo de outra mais comprida, que ouvimos em Sorocaba, e de que
damos os pontos principais.

Enredo: soldado que vai servir o rei. Um ano depois, em vez de salário, recebe um bolo, para abrir só quando estiver com a família e aquele conselho. De volta, pede pousada numa casa, cujo dono lhe mostra a esposa enterrada até a cintura, mas ele nada pergunta, e, por isso, leva-o até uma sala cheia de armas, dando-lhe a melhor carabina. Explica-lhe: todos os que perguntaram matou-os confiscando-lhes as armas. A mulher estava sofrendo aquele castigo por ser linguaruda. Chegando em casa, o soldado abriu o bolo, e tilintaram muitas moedas de ouro que o rei ali fizera esconder. Era, de fato, um soldado obediente, mesmo depois de dar baixa... E merecia o pagamento.

Relembrando os elementos da narrativa, quais são os encontrados nesse conto?

a) Narrador (em que pessoa):

b) Personagens:

c) Espaço:

d) Tempo:
e)Resuma o enredo:
 
Texto 5
                                                                            Covardia

Passeavam dois amigos numa floresta, quando apareceu um urso feroz e se lançou sobre eles.
Um deles trepou numa árvore e escondeu-se, enquanto o outro ficava no caminho. Deixando-se cair ao solo, fingiu-se morto.
O urso aproximou-se e cheirou o homem, mas como este retinha a respiração, julgou-o morto e afastou-se.
Quando a fera estava longe, o outro desceu da árvore e perguntou, a gracejar, ao companheiro:
_ Que te disse o urso ao ouvido?
_ Disse-me que aquele que abandona o seu amigo no perigo é um covarde
                                                                   TAHAN, Malba. Lendas do céu e da terra. 23 ed. Rio de Janeiro: Record, 1998.

O amigo que estava na árvore desceu por quê...
(    ) observou do alto um lugar melhor para esconder-se
(    ) viu que o urso já estava distante
(    ) queria ajudar o amigo a livrar-se do urso.
(    ) achou melhor também fingir-se de morto

Deuses

Nos primórdios da história da Grécia, houve muitos deuses locais. Cada deus matinha um vínculo com um lugar sagrado. Podia ser um recanto misterioso de uma floresta ou um lago tranqüilo. Aos poucos doze deuses tomarem os mais importantes, sobressaindo-se aos demais. No ano 750 a.C, Hesíodo escreveu a história desses doze deuses do Monte Olimpo. Cada deus tinha o seu símbolo. LIGUE CADA DEUS A SUA INFLUÊNCIA

Zeus -                                                              os mares
Hera -                                                               o mundo subterrâneo
Atena -                                                             a fertilidade da terra
Apolo -                                                             o ferreiro aleijado dos deuses
Ártemis -                                                          a sabedoria
Hermes -                                                          o céu e a justiça
Ares -                                                               o mensageiro dos deuses
Hefesto -                                                          o trabalho dos metais
Afrodite                                                          a caça, os partos
Posêidon                                                       a poesia, a música
Hades                                                            o casamento
Deméter                                                         o vinho
Dionisio -                                                         o amor

Texto 6
Há muitos séculos antes de Cristo, na Grécia antiga, histórias fantásticas de deuses, heróis e monstros eram contadas para ajudar a população a entender a origem do mundo, os fenômenos da natureza, a vida, a morte e outros mistérios. Foi assim que surgiram os MITOS. O mito da criação do Universo, por exemplo, conta que Urano (o Céu) e Geia (a Terra) se apaixonaram e, desse namoro, nasceram seres chamados TITÃS. Cronos, que comandava o tempo, era um deles. Como Urano era muito cruel, Geia pediu a Cronos que se vingasse dele. Cronos derrotou-o e Urano foi para o teto do mundo, onde está até hoje. No espaço entre o Céu e a Terra, brotaram as plantas e os animais e assim começou o Universo. Mas Cronos também se tornou malvado e até devorou os próprios filhos. Só um escapou: Zeus. Ele tomou o trono do pai, fez com que ele devolvesse seus irmãos e prendeu os titãs nas profundezas.
1.      O tempo nesse texto é chamado de tempo narrativo ou mítico? Por quê? 
2.      Podemos classificar o espaço descrito acima como espaço narrativo? Por quê?
Pessoas não se tornam especiais pelo modo de agir
Mas sim pela profundidade que
Atingem nossos sentimentos.

domingo, 15 de abril de 2012

AVALIAÇÃO

OLÁ MEUS AMADOS! 
NÃO SE ESQUEÇAM DA PROVA BIMESTRAL OK?
ESPERO QUE ESTUDEM MUITO E SE SAIAM BEM! BEIJOOOOOOOOOOOOOOOOOS

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Sexta-feira 13 UHUHUHUHUHUHU!

Olá turmas queridas. Vamos olhar esse vídeo sobre lendas e festejar a sexta-feira 13? Espero que gostem!
Alaranjado, Bege, Lilás e Vermelho
Estamos estudando lendas no 7º ano e contos populares no 6º ano. Tudo veio em boa hora, não é?

terça-feira, 10 de abril de 2012

QUESTÕES SOBRE O FILME "O LADRÃO DE RAIOS"

 
 


Percy Jackson E O Ladrão de Raios

1 - Qual foi a cena que você mais gostou no filme?Descreva-a com detalhes e justifique a sua escolha.( mínimo 12 linhas )

2 - Qual foi o personagem que você mais gostou no filme?Descreva-o com detalhes e justifique a sua escolha.( mínimo 12 linhas )

3 - No filme há o uso de elementos da mitologia grega misturado a situações dos dias atuais,o que você achou disto?Explique a sua resposta.( mínimo 8 linhas )

4 - Havia alguma história ou personagem da mitologia que você já conhecia?Qual era?Era do modo como você imaginava?( mínimo 8 linhas )

5 - Avalie o filme e a atividade como um todo, destacando os seus pontos positivos e negativos.( mínimo 10 linhas )